Um seminário na Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) debateu a importância do Patrimônio Cultural da cidade e também discutiu a responsabilidade de cada um na conservação dos bens tombados. O encontro reuniu representantes de ONG’s e de instituições que funcionam em imóveis tombados, além de proprietários desses imóveis, secretários municipais e chefes de departamentos municipais. “Reunimos pessoas ligadas diretamente aos bens tombados para mostrar que a responsabilidade sobre esses móveis e imóveis não recai apenas ao Conselho do Patrimônio, mas também ao poder público, aos gestores de cada bem, bem como aos proprietários, e a própria população”, diz a técnica do Codepac (Coordenadoria Técnica do Patrimônio Cultural de Varginha), Raquel Nogueira e Silva. Raquel dá exemplos dos chefes de departamentos da prefeitura. “O secretário da Fazenda autoriza a liberação de verbas para esses bens, e deve estar por dentro do que significa cada um. O pessoal do Turismo participou, até porque 80% dos bens tombados em Varginha são voltados para o turismo”.
Palestras
A fotógrafa Vanessa Caldeira Teixeira Reis falou sobre o coletivo na valorização da história da cidade. Vanessa usou a expressão “Alzheimer social”, para ilustrar a falta de memória da população e como isso repercute na desvalorização do patrimônio histórico. Ela diz que a sociedade é cúmplice e deve ser incentivada a conhecer a memória da cidade.
A arquiteta Anita Di Marco ministrou palestra sobre a importância do olhar urbano sobre o imóvel tombado. Ela também abordou o significado atual da função social da propriedade. Para ela, o fato do bem ser tombado deve ser utilizado como forma de valorizar o imóvel.