Uma realização da Prefeitura de Varginha, através da secretaria de Saúde e do CAPS I – Centro de Atenção Psicossocial, o II Fórum II FÓRUM SOBRE “A MEDICALIZAÇÃO DA VIDA E DA SOCIEDADE” vai acontecer no dia 11 de novembro, no auditório da Unifal, a partir das 8h, quando serão tratados assuntos pertinentes ao tema do evento, cuja finalidade é conscientizar país e responsáveis, professores e profissionais voltados para a educação, do uso indiscriminado de medicamento no combate a questão de ordens existencial e até mesmo social nas crianças e adolescentes.
Medicalização
Nomeia-se como Medicalização o processo de conferir uma aparência de problema de saúde às questões de outra natureza, geralmente social. As tentativas de padronização e homogeneização da via avançam mais e mais, buscando eliminar, pela estigmatização, os diferentes modos de ser, agir, reagir, sentir, afetar, ser afetado, aprender, lidar com os saberes já aprendidos, questionar, sonha, se expressar. Através da Medicalização busca-se silenciar e ocultar conflitos, sentimentos, de diferentes ordens, fantasias, utopias, discordâncias e questionamentos.
Desde 2007, ocorre no Brasil, um movimento que busca confrontar os fenômenos da patologização e da medicalização, aos quais se encontram vulneráveis, crianças e adolescentes do país.
Em virtude da relevância do tema, Varginha iniciou em 2014, um aprofundamento nas discussões sobre o assunto, organizando e sediando o I Fórum sobre Medicalização da Vida e da Sociedade, de onde saíram várias propostas, dentre elas a inclusão no calendário oficial do município, do dia 11 de Novembro (data já instituída em outros países), como o Dia da Luta contra a Medicalização da Vida.
Considerando este e demais avanços já conquistados desde então, o CAPS I (Centro de Atenção Psicossocial da Infância e Adolescência de Varginha realiza em Âmbito Regional, o II Fórum sobre a Medicalização da Vida e da Sociedade – “(Re)Conhecendo a Infância”, com a participação de profissionais renomados e referências nacionais nesta discussão.
Programação
A abertura do evento acontecerá no dia 11, às 8h, com a conferencia “”Autismo e a Clínica psicanalítica: impasses e possibilidades”, com Tânia Ferreira, psicóloga, psicanalista, Mestre e Doutora em Educação, professora e pesquisadora do CAPES – FAFICH/UFMG, sob a coo9rdenação da mesa com Luciene Barra Mina, psicóloga do CAPSi.
Às 9h45 a Medica pediatra Maria Aparecida Moysés, Doutora em medicina pela Faculdade de Medicina da USP, vai ministrar a Conferência “Os Diagnósticos como Mercadorias”, sob a coordenação de Paola Cachero Lino, Terapeuta Ocupacional do CAPSi.
Às 10h45, Nádia Lemos Xavier, psicóloga do CAPS i, vai coordenador a Conferencia “Uso de álcool, outras drogas e medicamentos entre adolescentes: um desafio a ser cuidado”, com a professora Andréa Galassi, mestre em Ciências da Saúde pelo Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, Doutora em Ciências da Saúde pelo Departamento de Psiquiatria da FMUSP, com experiência na área de saúde mental e saúde pública com ênfase em intervenção psicossocial para pessoas em uso de álcool e outras drogas e políticas de álcool e outras drogas incluindo grupo especifico como menores de idade em conflito com a Lei.
O evento prosseguirá após o almoço, a partir das 13h, diálogos sobre os temas Autismo e a Clínica Psicanalítica: impasses e possibilidades, Os diagnósticos como mercadorias e Uso de Álcool, outras drogas e medicamentos entre adolescentes: um desafio a ser cuidado.
Mais informações poderão ser obtidas com Luciene Barra Mina
Psicóloga CAPSi, pelo
(35)3690-2236