O mês da divulgação do câncer de mama, também conhecido como Outubro Rosa, é uma iniciativa idealizada pela Imperial Chemical Industries (Reino Unido) em 1985, que passou a ser financiada e promovida pela farmacêutica Zeneca em 1993 e, posteriormente, assumiu uma configuração multissetorial. A campanha anual tem insistido na importância do rastreamento com mamografia, exame físico clínico e autoexame das mamas.
O câncer de mama é o mais diagnosticado e a principal causa de morte por câncer na população feminina mundial. Nas mulheres brasileiras, segundo o Instituto Nacional de Câncer José de Alencar Gomes da Silva (INCA), é o segundo mais frequente, após o câncer de pele não melanoma, e a primeira causa de morte por câncer. Ainda no país, entre 1980 e 2016, as taxas padronizadas de mortalidade cresceram de 9 para 12 óbitos por 100 mil mulheres, sendo que as menores, em todos os períodos, foram registradas nas regiões Norte e Nordeste, e as maiores, nas Sul e Sudeste.
A detecção e o tratamento precoces são geralmente os meios mais utilizados na tentativa de reduzir a mortalidade por câncer de mama. Nesse sentido, no Brasil, existem políticas para a detecção precoce desse câncer, baseadas majoritariamente na realização da mamografia de rastreamento, que, por muito tempo, tem sido considerada o exame de escolha entre os métodos de imagem disponíveis. As diretrizes nacionais de detecção precoce elaboradas pelo INCA, com base em extensas revisões sistemáticas das melhores evidências de efetividade e segurança, recomendam a realização bienal de mamografia para o rastreamento do câncer de mama na faixa etária entre 50 e 69 anos de idade.
Prestar esclarecimentos sobre fatores de risco, fatores de proteção, sinais e sintomas, e detecção precoce do câncer de mama constitui também uma prática de educação em saúde. Diante dessa perspectiva, dá-se a conhecer os seguintes fatores de risco/sinais de alerta:
1. Em 90% das vezes em que há manifestações clínicas, ela se apresenta como nódulo palpável na mama;
2. Pode ocorrer, ainda, a existência de sinais inflamatórios que não respondem a tratamentos tópicos (cremes dermatológicos, por exemplo);
3. Retrações de pele e do mamilo que deixam a mama com aspecto de casca de laranja;
4. Saída de secreção aquosa ou sanguinolenta pelo mamilo, chegando até a sujar o sutiã;
5. Vermelhidão da pele da mama;
6. Pequenos nódulos palpáveis nas axilas e/ou pescoço e;
7. Outros sinais clínicos, tais como a inversão do mamilo, inchaço da mama e dor local.
A prática de atividade física regular, além de reduzir a gordura corporal, promove o equilíbrio dos níveis de hormônios circulantes, como a insulina e os hormônios sexuais, reduz a inflamação e fortalece as defesas do corpo, diminuindo o risco de câncer de mama, sendo considerado um fator protetor pelo INCA.
Efetuar o rastreamento com mamografia, exame físico clínico e autoexame das mamas, conhecer os fatores de risco e os fatores protetores para o câncer de mama são fundamentais para que as mulheres possam proteger sua saúde.
Leandro Nascimento
Engenheiro de Segurança do Trabalho – SESMT
Prefeitura de Varginha