Varginha atingiu 123.120 habitantes em 2010, um aumento de 14 mil em relação a 2000. O número aparece no Censo realizado este ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Se a população aumentou, a média de moradores por unidade habitacional caiu de 3,66 para 3,28 no mesmo período.
A cidade vem crescendo ano a ano, mas o ritmo de crescimento apresentou redução. A cidade tinha 88.022 moradores em 1991, passou para 108.998 em 2000 e chegou ao número atual, com crescimentos de 2,81%, 2,43% e, agora, 1,19%. As mulheres representam 51,28% do total de moradores, enquanto os homens são 48,72% desse contingente.
A população idosa também vem crescendo, de acordo com o IBGE. Em 1991, as pessoas com mais de 69 anos representavam 2,64% dos moradores. Em 1996, quando a cidade tinha pouco mais de 100 mil moradores, os idosos eram 3%. O índice passou para 3,44% em 2000, subiu para 4,23% em 2007 e chegou a 4,68% em 2010. O quadro foi registrado em praticamente todas as regiões brasileiras, mostrando que as pessoas estão vivendo por mais tempo.
Em sentido oposto, as famílias estão tendo menos filhos. Em 1991, o percentual de moradores menores de 3 anos era de 6,11%. O índice caiu para 5,41% em 1996, 5,03% em 2000 e 3,84% em 2007. Este ano, as crianças dessa faixa etária representam 3,68% do total da população varginhense.
O número de domicílios particulares ocupados explodiu nos últimos 20 anos. Em 1991, o IBGE contabilizou 21,3 mil casas ocupadas na cidade. Passou para 25,6 mil em 1996, para 29,3 mil em 2000 e para 34,2 mil em 2007. Neste ano, o Censo identificou 37,4 mil domicílios nas zonas urbana e rural da cidade.
“São números que demonstram quanto Varginha vem crescendo”, afirma o prefeito Eduardo Carvalho “Corujinha”. Segundo ele, existe um crescimento natural, resultado do nascimento de novos moradores. Por outro lado, a cidade está atraindo moradores de outros locais, em consequência da expansão econômica e da melhoria da qualidade dos serviços públicos. “Os últimos anos foram marcados pela chegada de novos empreendimentos econômicos”, avalia o prefeito. “Vieram novos executivos e técnicos, mas também chegou muita gente à procura de empregos de qualidade”, afirma.
A existência de uma ampla rede de saúde pública, dotada de equipamentos para exames complexos e profissionais bem remunerados, também serve para atrair moradores de cidades vizinhas. “É um fenômeno que acontece com praticamente todas as cidades-polo”, explica o prefeito. “O mesmo ocorre com Belo Horizonte, por exemplo”, diz “Corujinha”. “Nos postos e policlínicas, é comum você ver ambulâncias com placas de cidades vizinhas, principalmente de prefeituras”. Segundo o prefeito, o fato tem um lado positivo, que demonstra a qualidade dos serviços públicos municipais. Por outro lado, observa, existe uma demanda que impacta os serviços locais, causando despesas extras à municipalidade.
O Censo 2010 identificou 283 estabelecimentos agropecuários, 88 estabelecimentos de ensino, 345 de educação e 6.947 estabelecimentos para outras finalidades. Além disso, existem 1.828 unidades em construção.