A Prefeitura de Varginha, através do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II) da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUS), abriu a semana que marca a luta antimanicomial. Nesta terça-feira (17) foi realizado o simpósio de saúde mental com palestras ministradas por especialistas.
A abertura contou com a apresentação dos serviços de saúde mental em Varginha, mostrada pela coordenadora de CAPS II, Vanda Maria da Silva Rodrigues, o coordenador de Saúde Mental da Secretaria Municipal de Saúde, Alessandro Caldonazzo Gomes, o secretário municipal de Saúde, Fausto Geraldeli Carvalho, e o prefeito Eduardo Carvalho “Corujinha”. “O trabalho junto à saúde mental é contínuo. Estamos juntos nesta causa e todo o reconhecimento do CAPS é digno pela contribuição dos profissionais que temos no local e os usuários assistidos na cidade”, disse o prefeito.
Antes do início das palestras no primeiro dia da “luta antimanicomial” em Varginha, dois usuários do CAPS, Carlos Magno Figueiredo e Alexandrina Pedrosa, leram um texto produzido pelos próprios assistidos pelo CAPS, tratando da história da “luta” e o preconceito que ainda existe quando o assunto é saúde mental.
As palestras do primeiro dia foram ministradas pela psicanalista, psicóloga, mestre em Psicologia, doutora em Psicologia Clínica e pós-doutora em Filosofia da Educação, Roberta Ecleide de Oliveira Gomes Kelly, com o tema “A riqueza da diversidade – Possibilidades de saúde psíquica”, e pela psicanalista, professora universitária e mestranda em Pesquisa e Clínica em Psicanálise pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Valdene Rodrigues Amâncio, com o tema “O tempo de nossa prática bate em função do acontecimento”.
Os participantes do simpósio ainda foram contemplados com a apresentação cultural promovida pelos músicos do Conservatório Estadual de Música, Dinho Batistão, Ricardo Albinati e Valtinho Vieira.
Luta antimanicomial
As atividades do “Desafiando Preconceitos” continuam nesta quarta-feira (18), quando será comemorado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Como acontece todos anos, será realizada a tradicional passeata saindo do CAPS II, na Vila Paiva, às 8h, para chegar até a praça do ET.
“O grande objetivo da luta antimanicomial é mostrar que o modelo dos chamados manicômios não são mais usados e recomendados, e que os Serviços de Saúde Mental devem substituí-los. Para isso existe o CAPS em Varginha, onde se promove a inclusão social do portador de sofrimento psíquico e o resgate da sua cidadania”, apontou o secretário municipal de Saúde, Fausto Geraldeli Carvalho.
Na quinta-feira o público assiste ao filme “O Solista” e participa da discussão sobre o longa com especialistas. A exibição acontece na sede da Fundação Aprender.
CAPS
O Centro de Atenção Psicossocial é um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais graves. A permanência dos assistidos justifica num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário, personalizado e promotor de qualidade de vida. O CAPS II de Varginha atende 46 pessoas diariamente no tratamento intensivo, 70 pessoas por semana no tratamento semi-intensivo e 35 pessoas ao mês no tratamento não-intensivo, somando 151 usuários.