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Enquanto esperam pela casa própria do governo federal, cerca de 100 pessoas moram provisoriamente em imóveis alugados pelo município

A Prefeitura de Varginha atende as famílias carentes do município que estão inscritas no programa Minha Casa, Minha Vida, mas que ainda não receberam seus imóveis. Graças ao Aluguel Social, elas são retiradas de áreas de risco, onde viviam em situação precária, e têm a moradia integralmente financiada até que sejam contempladas definitivamente pelo governo federal. Atualmente, a iniciativa, executada pela Secretaria Municipal de Habitação e Promoção Social (Sehap), beneficia 22 famílias.

Seis delas habitavam a região conhecida como Vilinha São Geraldo, na saída de Varginha para Três Pontas (rodovia MG-167), e foram reconduzidas, em julho, para novas casas do Aluguel Social. Além dos ex-moradores dessa área, outros 16 grupos estão provisoriamente em residências alugadas pela Prefeitura.

A iniciativa do município foi lançada há cerca de três meses. Segundo o secretário de Habitação e Promoção Social, Miguel José de Lima, a família é encaminhada para um imóvel do projeto depois de passar por uma análise detalhada, realizada pela equipe da Sehap. O chefe do setor de Habitação da Sehap, Paulo Henrique Barbosa Vieira, reforça que o caso da Vilinha São Geraldo era crítico e a remoção dos grupos, necessária. “Cada caso é analisado assim que detectamos a real necessidade da família”, explica.

A prefeitura investe R$ 12 mil por mês com o Aluguel Social. O custo médio por imóvel é de R$ 550. “O objetivo é dar condições dignas de moradia e trazer segurança para essas famílias. É um aluguel provisório até que as casas dos projetos habitacionais sejam entregues. Enquanto isso, elas habitam um lugar sem riscos e com conforto”, afirma o prefeito Eduardo Carvalho “Corujinha”.

Lenita de Oliveira Claro, de 42 anos, mora com dez pessoas em uma casa alugada pela Prefeitura. A família foi retirada da Vilinha São Geraldo e foi instalada em uma casa no bairro Mont Serrat. Lenita espera ser contemplada com o projeto das 153 casas que devem ser construídas no Parque Rinaldi pelo Minha Casa, Minha Vida.

Antes, ela, o marido, os quatro filhos e os cinco netos viviam em uma casa precária, com dois quartos, sala, banheiro e cozinha e, agora, estão em uma residência com três quartos, sala, banheiro, cozinha, quintal e garagem. “A gente estava há sete anos na vilinha, e mudar para cá foi um sonho. Enquanto aguardamos a nossa casa própria, dormimos em paz, com segurança. Na outra casa era um tormento, pois, quando chovia, não tinha sossego, principalmente pensando nos meus filhos e netos. Além disso, os cômodos eram muito pequenos. Aqui é tudo amplo, limpo, outra realidade. E não teríamos condição de pagar o aluguel”, conta.

Casa adequada

Gleice Pereira dos Santos e a família também estão em um imóvel do Aluguel Social. Ela tem 20 anos e morava no Parque Rinaldi em uma situação de risco pessoal. A jovem aguarda um transplante de pulmão e faz tratamento com aparelho de oxigênio. “Minha filha não pode ficar em local com mofo, poeira e, além disso, ela usa o aparelho o dia todo”, explica a mãe de Gleice, Norma Pereira dos Santos.