Criado em 2003 pelo professor Milton Tavares Junior, o projeto “Gol de Ouro” vem fomentando o futsal feminino e categorias de base de futsal masculino da Semel. Nesses 11 anos o projeto rendeu frutos e conquistou excelentes resultados.
Agora, o projeto passou por inovação. Desde o início de 2014, o “Gol de Ouro” passou a ser um programa de esporte na escola. O primeiro na zona urbana de Varginha.
Toda terça e quinta-feira, de 14h às 17 horas, um grupo de 30 alunos da Escola Municipal Matheus Tavares, de 12 a 16 anos, participam de oficinas esportivas. São quatro modalidades: dança, handebol, tênis de mesa e xadrez.
Milton é professor concursado da Prefeitura, lotado na Matheus Tavares no período da manhã. Conhecendo a realidade dos alunos e o fato de ser uma região populosa, porém sem atrativos esportivos, propôs o trabalho de inclusão social. Elaborou o projeto sozinho, apenas com a vontade de massificar a prática esportiva, incentivando a participação em várias modalidades.
Conseguiu apoios fundamentais nessa caminhada, de empresas e pessoas que acreditaram em sua proposta, mas tudo de uma forma muito simples, sem nenhum aporte governamental.
Metodologia
O professor aproveitou seu conhecimento teórico e prático e sua credibilidade junto às empresas parceiras para criar o projeto inédito no contexto escolar e ensinar modalidades ainda não conhecidas ou pouco praticadas pelos alunos.
As aulas são teóricas e práticas, com instrutores de referência na cidade. Na terça-feira os jovens participam das aulas de tênis de mesa com o atleta Wesley Rosa e de dança com Marlon Vieira. Na quinta-feira é a vez de xadrez, com o Sr. Cairo Nunes, e handebol, com Patrick Ribeiro.
Os alunos ainda não participaram de competições, apenas amistosos e apresentações, mas ele garante que já conseguiu identificar grande potencial entre os jovens.
“No início alguns apresentaram dificuldade de adaptação nas quatro modalidades, mas, depois destes quatro meses, estão muito entrosados e nem queriam o descanso das férias”, conta Milton.
Para participar do projeto, existe cartilha com critérios de seleção como disciplina, relacionamento e esforço do aluno nas aulas regulares. E já existe fila de espera para o segundo semestre.
Dificuldades e apoios
Transformar um sonho em realidade não é tarefa fácil, mas o professor Milton foi agraciado com muitos apoiadores, pessoas que acreditam em seu potencial, força de vontade e amor ao esporte, como a Secretária Municipal de Educação, Rosana Carvalho, o diretor Estevão Rafael e a ex-diretora Maria Bregalda.
Patrocínios
Para concretizar o projeto ele precisa de apoio financeiro. Todos os alunos receberam uniforme (camisa e short), pagamento dos quatro monitores, transporte para apresentações e jogos, além do lanche diário.
Ele conta que tem seis parceiros: Caixeta Seguros, Central Joias, CFC Serviços, Drogaria Americana e Sabor de Minas como patrocinadores oficiais, e Panificadora Floresta como apoiadora.
Projetos para o futuro
Para o segundo semestre, ele pretende ampliar um pouco mais o projeto, quer atrair a comunidade com palestras aos alunos e pais, promovendo uma verdadeira inclusão social.
Milton tem perspectiva e sonha em ampliar o projeto. Com os pés no chão, fala da possibilidade de contratar mais profissionais e ampliar a carga horária para três ou quatro dias na semana. E, futuramente, levar o projeto para outras escolas. Mas, para isso, precisa de mais parceiros.