Trata-se de uma fêmea que poderá formar casal com o lobo que já habita o local
O veterinário do Zoológico de Varginha, Marcos Mina, realizou na manhã desta quarta-feira, 20, o exame de sexagem no lobo guará capturado no centro da cidade, na terça-feira, 19. Trata-se de uma fêmea, de no máximo um ano e meio. Ela recebeu vacina contra doenças de canídeos (família de mamíferos digitígrados, da ordem dos carnívoros, que inclui o cachorro, o lobo, o coiote) como parvovirose e cinomose e outras. A lobo guará continua em um recinto isolado para se acalmar e se adaptar ao novo ambiente. “Provavelmente, ela deve ficar no zoológico, porque a soltura é complicada, considerando que devem ser avaliados diversos fatores como um local seguro onde fazendeiros e sitiantes não a matem; se ela for para uma região onde já existe uma família de lobo pode desequilibrar esse sistema e como já teve contato mais próximo com pessoas e cachorros pode ter adquirido alguma doença que seria repassada num outro habitat”, explica o veterinário.
Marcos Mina adianta que, posteriormente, a lobo deverá ser colocada no recinto do macho que já habita o zoológico de Varginha. “Vamos analisar a adaptação, se formarão um casal, podendo ocorrer o cruzamento e uma reprodução em cativeiro. O cio da fêmea reprodutora ocorre uma vez por ano e dura de 5 a 14 dias. O prefeito de Varginha, Antônio Silva diz que o Zoológico cumpre o papel na preservação ambiental hospedando bem todos os animais. Atualmente o espaço conta com cerca de 300 animais como jacarés, cobras, ema, avestruz, leões, macacos, jaguatirica; e é referência turística, tendo visitas agendadas até o final do ano, inclusive de grupos de outras cidades. O funcionamento é diário, das 8h às 16h, sendo que a entrada tem o custo simbólico de R$ 2,00. Crianças de até 5 anos tem entrada franca.
Gavião carcará
O gavião carcará que foi capturado machucado no bairro Nossa Senhora das Graças, na segunda-feira, 18, continua no zoológico de Varginha. A ave também deve permanecer no local. A asa quebrada foi imobilizada, mas devido ao ferimento, o gavião não consegue se alimentar sozinho e é tratado pelos cuidadores do zoológico.
Saiba mais sobre Parvovirose e Cinomose:
Parvovirose é uma infeccão causada por um vírus, é grave, altamente contagiosa entre cães e afeta principalmente o trato gastrointestinal dos filhotes, cães adultos e outros cães selvagens, além de animais como logo. Também pode afetar o músculo cardíaco em filhotes muito jovens e cachorrinhos ainda no ventre da mãe. Foi identificado em 1978 e tem uma distribuição mundial. Os primeiros registros de lobos-guarás com cinomose e parvovirose caninas foram feitos por zoológicos nos EUA em 1956 e 1979.
Cinomose é uma doença altamente contagiosa provocada pelo vírus CDV (Canine Distemper Vírus) ou Vírus da Cinomose Canina (VCC), da família Paramyxoviridae, que atinge animais da família Canidae, Mustelidae, Mephitidae e Procyonidae (entre eles cães, furões/ferrets e alguns outros animais silvestres). Em Portugal é também conhecida como esgana. Ela degenera os envoltórios lipídicos que envolvem os axônios dos neurônios, conhecidos como bainha de mielina. Ela afeta a todos os cães, é raro que haja algum que não tenha sido exposto ao vírus, exceto no caso de cães que vivem isolados. Junto com ela, geralmente por bactérias.