O suicídio, atualmente, é considerado um problema de saúde pública mundial. A adolescência é o grupo etário que mais mobiliza preocupações frente ao problema. Os números aumentam a cada ano e trabalhar com a prevenção é o que se pode fazer para ajudar as pessoas que estão passando por esse sofrimento.
O comportamento suicida abrange todo e qualquer ato através do qual um indivíduo causa uma lesão a si próprio. Quando a ideação vem, ou ato em si, o sujeito entende que essa é a única saída para acabar com seu sofrimento. Isso não significa dizer que ele quer morrer, até porque o sujeito não sabe o que é a morte para querê-la. O que se apresenta como desejo de morte, então, é o desejo de cessar a dor, de parar o sofrimento, de estancar a angustia.
O CRAS II vem realizando palestras nas escolas que fazem parte do seu território de atuação, durante esse mês de setembro que o assunto recebe maior atenção. As escolas contempladas são Escola Estadual Deputado Domingos de Figueiredo, Escola Estadual Coração de Jesus e Escola Estadual Afonso Pena. O Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do CRAS II também recebeu a abordagem proposta.
Os adolescentes e jovens participam efetivamente relatando situações que já presenciaram, apresentam dúvidas e interagem o que comprova a necessidade de sempre gerar empatia e diálogos.
Segundo a Orientadora Social Vânia Silva, “o trabalho está focalizado em levar através de palestras, rodas de conversa, dinâmicas, orientações sobre esse tema, para tentar identificar os sinais de alerta que uma pessoa emite quando quer cometer o ato, quais as possibilidades e caminhos que podem ser seguidos para a procura de ajuda, focando sempre na busca por auxílio e amparo profissional”.
A Assistente Social do CRAS II Isabela de Lima Gibran afirma que: “debater o tema suicídio tem se feito necessário, uma vez que o diálogo se mostra como uma forma de prevenção e enfrentamento aos índices alarmantes que tem acometido sobretudo, a população juvenil. A comunidade e as instituições têm um papel importante em ofertar um espaço de acolhida, de escuta, onde os jovens podem falar abertamente sobre sua realidade e suas questões sem julgamentos. A proposta do CRAS visa oferecer, através da convivência, esse espaço de troca e acolhimento”.
A Coordenadora do CRAS II Marcela Reis declarou “a vergonha, o desconhecimento e o desinteresse das vítimas e de seus familiares e amigos em tratar o problema são catalisadores que precisam ser combatidos. Essa é uma das metas do CRAS, quebrar o tabu que existe envolvendo o suicídio”.
A próxima palestra será realizada no dia 20/09, às 8h, na Escola Estadual Coração de Jesus.
O CRAS II, que está situado à Rua Irmão Mário Esdras,80 – Vila Pinto e atende pelo telefone 35 3690-2737 está à disposição para possíveis demandas.