Ir para o conteúdo

Esses produtos, devido aos riscos à saúde pública, não devem ser jogados no lixo

Na semana que a Prefeitura de Varginha deu início a dois importantes passos para a preservação ambiental com a inauguração do Aterro Sanitário e da Coleta Seletiva, outra relevante ação foi realizada pela quarta vez. Trata-se do descarte correto de lâmpadas fluorescentes de prédios públicos municipais. A ação ocorre graças à parceria entre a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semea) e a empresa Reciclagem Santa Maria (RSM), sem custos para os cofres públicos municipais.

“Desta vez foram recicladas 838 lâmpadas fluorescentes, sendo esse zelo e responsabilidade, mais um compromisso com a preservação do meio ambiente e com a saúde humana e animal, já que dentro dessas lâmpadas existem substâncias químicas que podem fazer muito mal à saúde”, explica Antônio Reis, do Almoxarifado Central da Prefeitura de Varginha.

A primeira reciclagem das lâmpadas ocorreu no dia 1º de setembro do ano passado quando 1.353 unidades foram processadas. Naquele mesmo mês, no dia 28, outras 753 lâmpadas foram recicladas. Outro lote contendo 1.135 lâmpadas foram processadas pela empresa RSM no dia 20 de março desse ano e nessa segunda-feira, 3, mais 838 unidades. “Ao todo, 4.079 lâmpadas foram descartadas corretamente”, conclui Antônio.

Processo

A  empresa Reciclagem Santa Maria (RSM) envia um caminhão próprio até à Secretaria Municipal de Obras, no bairro Pinheiros, para o processo que é executado por um funcionário que usa os Equipamentos de Proteção Ambiental (EPI). Uma área de 10m é isolada. Todas as etapas seguem criteriosamente o Plano de Controle Ambiental.

O analista ambiental da RSM, Ismael Sérgio de Andrade explica que “as lâmpadas fluorescentes normalmente possuem pó fosfórico e vapores de mercúrio e sódio necessários ao funcionamento, sendo o vapor de mercúrio altamente contaminante, podendo colocar em risco a saúde humana e animal devido ao fato de os vapores metálicos serem bioacumuladores. Quando respirados por esses organismos, podem ser cancerígenos ou causadores de outras doenças”. Por representar tais riscos ao meio ambiente e à saúde, as lâmpadas fluorescentes são consideradas resíduos perigosos pela ABNT NBR 10004/2004, devendo receber atenção especial quanto ao armazenamento, transporte e destinação final.

Onde a população deve descartar as lâmpadas

A lei 5.733 que determina que “Os estabelecimentos situados no Município de Varginha, que comercializam lâmpadas fluorescentes, devem colocar à disposição dos usuários, lixeiras para o descarte e a coleta das lâmpadas já usadas, para que posteriormente sejam destinados para local ecologicamente adequado”.  E que “As lâmpadas fluorescentes arrecadadas pelos estabelecimentos serão recebidas pelo serviço de limpeza pública urbana do Município, mediante programação para o recolhimento”. 

Ou seja, devido à periculosidade, principalmente para a saúde pública, essas lâmpadas não devem ser colocadas no lixo comum. O ideal, aconselha Ismael, é que ao comprar a lâmpada o consumidor indague se o estabelecimento comercial faz a logística reversa que é o recebimento do produto usado. Os setores empresariais e comerciais, além de condomínio ou outros grandes consumidores dessas lâmpadas podem entrar em contato com a Reciclagem Santa Maria para mais informações.