Trabalho, que está na conclusão da segunda fase, vai traçar o novo mapa urbano do município, o que permitirá a otimização dos serviços oferecidos aos cidadãos
Os moradores de Varginha podem ter se deparado, nas últimas semanas, com funcionários da Prefeitura fotografando a fachada das casas e empresas da cidade. A presença dos visitantes com suas câmeras não é motivo de preocupação: são os profissionais da equipe contratada para fazer o geoprocessamento do município. O trabalho já está na segunda etapa, dedicada justamente ao recadastramento imobiliário. Surgiu daí a necessidade de realizar o registro visual dos cerca de 43 mil imóveis. O esforço resultará na nova planta genérica da cidade.
O objetivo da Prefeitura de Varginha com o geoprocessamento é atualizar o banco de dados oficial, traçando um novo mapa do município por meio de ferramentas tecnológicas de última geração e fotos aéreas. Quando todas as informações forem processadas, ao final do trabalho, a administração passará a ter meios concretos de modernizar suas políticas e otimizá-las, segundo as reais demandas da população.
Para se ter uma ideia da importância desse projeto, a planta genérica de Varginha que as secretarias utilizam ainda hoje para basear suas ações é da década de 90. “O geoprocessamento tem por fim modernizar os serviços municipais”, explica o secretário de Planejamento, Raimundo Zaiden.
O consórcio que venceu a licitação iniciou o levantamento em dezembro. O cronograma prevê a execução completa em um ano. Na primeira fase, foi realizado o serviço de aerofotogrametria, isto é, a tomada de imagens por avião. Essa etapa, que abrangeu toda a área urbana de Varginha, está concluída. Agora, são feitas as fotos frontais dos imóveis, o que vai permitir o cruzamento com as imagens aéreas.
Segundo a comissão de acompanhamento, coordenada pela Secretaria Municipal de Planejamento (Sepla), cerca de 80% das unidades construídas já foram contempladas no recadastramento e a previsão é que a conclusão da cobertura se dê em setembro.
Por fim, será feito o processamento das imagens, com previsão de término para dezembro. A terceira e última fase vai resultar nos chamados mapas temáticos, após o tratamento informatizado das imagens. De acordo com a equipe técnica, a consolidação do Sistema de Integração Geográfica (SIG) vai se dar por meio dos softwares que serão disponibilizados pelas empresas contratadas. Está prevista a capacitação dos servidores de Varginha, principalmente dos setores de Tecnologia da Informação e de Planejamento.
Raimundo Zaiden reforça que a principal meta com o geoprocessamento é atualizar o banco de dados da Prefeitura, principal referência para o planejamento da gestão. “A Prefeitura vai poder entender melhor as demandas da população a partir do cadastramento geográfico. Poder planejar melhor o município e inclusive identificar pontos críticos. O cidadão vai ser melhor atendido”, afirma.