Município dispõe de estrutura para atender pacientes de qualquer faixa etária nas unidades de saúde, indo além da recomendação do governo federal
Varginha está à frente na prevenção ao câncer de colo de útero, segundo tipo mais comum da doença entre as mulheres. Por determinação do Ministério da Saúde, foi ampliada para 65 anos a faixa etária que deve receber cobertura da rede pública para os exames preventivos. Porém, no município, pacientes de todas as idades são atendidas, mesmo antes da nova orientação, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus). Elas passam pelo procedimento, gratuitamente, nas seis Unidades Básicas de Saúde da cidade e também por meio das 18 equipes do Programa Saúde da Família (PSF).
A nova orientação entrou em vigor no último dia, seguindo as diretrizes do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Anteriormente, o exame, conhecido como Papanicolau, era recomendado periodicamente para pacientes entre 25 e 59 anos. A meta das autoridades de saúde é estender a todas as mulheres do país os benefícios do diagnóstico precoce no caso de detecção da doença.
O câncer de colo de útero é traiçoeiro, pois sua fase inicial é silenciosa, sem dores ou sangramentos. Apenas com o exame citopatológico é possível identificar as lesões que antecedem os tumores. Os casos iniciais têm 100% de chances de ser curada, de acordo com o Inca. Segundo a entidade, 18.400 casos de câncer de colo de útero são diagnosticados por ano no Brasil, ocasionando até 5.000 óbitos.
No primeiro semestre deste ano, a rede pública de saúde de Varginha realizou 2.149 procedimentos preventivos. O objetivo da Secretaria Municipal de Saúde é ampliar significativamente esse número com a estrutura de que dispõe. “As varginhenses precisam estar conscientes da importância do exame periódico e procurar uma unidade de saúde. Essa é a única forma de identificar a doença na fase inicial e curá-la”, alerta o secretário de Saúde, Fausto Geraldeli.
O material coletado é enviado a um laboratório no município. O resultado é remetido à unidade na qual o exame foi feito e uma nova consulta é agendada com a paciente. Em Minas Gerais, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 80% das mulheres na faixa etária recomendada passou pelo exame no primeiro semestre de 2011.
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