Quando se fala em Theatro Capitólio, pelo menos duas imagens vem à mente: o lustre quase centenário e o piano de meia cauda. O lustre foi recuperado depois de quase três meses de trabalho. Agora foi a vez do piano retornar ao palco do Capitólio. O instrumento estava há sete anos no Conservatório Estadual de Música (CEMVA). Durante o período em que ficou emprestado à escola de música, foi restaurado pelo especialista Sebastião Monese, de Ribeirão Preto (interior de São Paulo). Há algumas semanas o piano voltou ao teatro, onde passou por nova restauração, afinação e reforma da máquina. O piano foi adquirido pela Prefeitura de Varginha em 1991, vinte anos atrás. Da marca Essenfelder, é feito com madeiras nobres. A primeira utilização do piano neste retorno ao teatro foi na apresentação de Fernanda Ohara e Fábio Costa, “Uma Noite na Ópera”. No domingo 28/8, foi a vez do concerto de André Torres, promovido pelo Clube da Cultura do C3 (Centro de Cultura Contemporânea). O pianista ficou gratificado com a apresentação. “Um público excelente, a reforma no Capitólio ficou muito boa e o piano, excelente”.
A diretora-superintendente da Fundação Cultural de Varginha, Paula Andréa Direne Ribeiro, disse que o piano é parte da história do teatro. “O próximo passo é continuar realizando concertos e outras apresentações musicais utilizando o instrumento. Contratamos um especialista para realizar sua afinação e vamos continuar realizando a manutenção, para que o público tenha sempre acesso à uma apresentação de qualidade”.
O piano do Theatro Capitólio já foi utilizado por alguns dos maiores mestres da música contemporânea. Entre eles, Nelson Freire, nascido em Boa Esperança e hoje considerado um dos três maiores pianistas do mundo. E ainda o pianista Arthur Moreira Lima, outra das mais importantes figuras da música e da cultura brasileiras. Também passaram pelo piano do Theatro Capitólio pianistas russos e americanos, entre 1998 e 2001, dentro da série de concertos internacionais realizados pela Fundação Cultural do Município.